A Petrobrás estuda elevar a frequência de alterações nos preços dos combustíveis, informou nesta semana (5), o presidente da estatal, Pedro Parente. Em reunião com acionistas na B3, o novo nome dado para a Bolsa de Valores de São Paulo, o executivo disse que a diretoria está avaliando a periodicidade das reuniões sobre as mudanças nos preços dos combustíveis. Contudo, ele relatou que não ainda há uma decisão fechada sobre o tema.
A estratégia por trás da nova política de preços é refletir de uma maneira mais fiel a oscilação no câmbio e da cotação internacional do petróleo. No último dia 25, quando anunciou a redução dos preços nas refinarias em 5,4% para a gasolina e em 3,5% para o diesel, a empresa já havia destacado que a política de preços com correções pelo menos mensais não tem refletido tempestivamente as volatilidades do mercado, embora já mostrasse um avanço significativo em relação à sistemática anterior.
A possível mudança indicada pela Petrobrás é bem-vista por analistas de mercado e deve alterar o ritmo de oscilação do preço da gasolina nas refinarias e no postos de combustíveis, apontam especialistas.
A nova política agrada porque torna a empresa mais próxima da realidade de uma companhia privada, além de elevar a previsibilidade para os investidores. Segundo os analistas, quanto maior a transparência nas decisões sobre preços, maior é a possibilidade de atrair investidores para o refino, setor no qual a petroleira detém quase 100% de monopólio atualmente.
(O Estado de SP)